O que é meditação?

O que é meditação?

A meditação é uma sabedoria espiritual universal e uma prática encontrada no cerne de todas as grandes tradições religiosas, nos conduzindo da mente para o coração. Remonta as mais antigas intuições da humanidade sobre o que existe além, mais profundo do que os sentidos, mais profundo mesmo que a mente racional.

“Quando os cinco sentidos e a mente estão parados,
e a própria razão descansa em silêncio,
então começa o caminho supremo.
Esta firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga”.

Upanishads

Nos Yoga-Sutras, o sábio Patanjali define o objetivo do Yoga como “silenciar a mente” ou o “cessar dos turbilhões da mente”. (YS I,2)

A mente está numa sucessão sem fim de pensamentos, de uma forma que não está biológicamente equilibrada (temos muitos altos e baixos). Isso não faz nada bem para a nossa saúde. A meditação é a cura para a ira, a ansiedade e a amargura destrutiva e um caminho para o crescimento espiritual. O primeiro passo é criar um distanciamento deste turbilhão e permanecer como um observador.

Mas, como fazer isso?

“Dharana”: este é o primeiro passo no processo meditativo e significa “concentração ou atenção unidirecionada apenas no objeto escolhido para a meditação”. A concentração deve ter um suporte de apoio como um “mantra” (som interno, repetido mentalmente), uma imagem ou a própria respiração. O importante é manter a mente focalizada, aprender a se concentrar.

E, para que a concentração?

A concentração ou atenção plena no objeto de meditação nos liberta das memórias do passado e das preocupações do futuro e nos traz para o momento presente - esta é a essência de toda meditação. E, segundo o Yoga, neste estado meditativo, neste estado de presença, percebemos “quem nós realmente somos”.

A meditação nos leva ao autoconhecimento, a uma transformação pessoal, uma mudança na forma de ver o mundo, ampliando a nossa consciência e nos abrindo a infinitas possibilidades.
 

O que é meditação Cristã?

Nos Yoga-Sutras, após oferecer alguns métodos para vencer a condição mental de “viksepa” (estado perturbado da mente, onde experimentamos desequilíbrio, distração crônica, ansiedade e confusão) o sábio Patanjali conclui este assunto dizendo que o “sadhaka” (praticante de yoga) pode adotar qualquer método de meditação de sua preferência (YS I, 39). O método escolhido deve estar deve estar de acordo com o temperamento do praticante e seus valores espirituais, pois isto é um facilitador da meditação. Em outras palavras, Patanjali está dizendo que é melhor um Hindu escolher uma meditação Hindu e ligada a sua devoção pessoal, um Budista escolher uma meditação Budista e, um Cristão, uma meditação Cristã, devido a sua conexão pessoal com Jesus. Dessa maneira, a mente é ajudada a adquirir o hábito da “unidirecionalidade” (atenção plena no objeto de meditação) pela atração natural pelo objeto da busca. 

Assim, acredito ser um facilitador da meditação, um Cristãos praticar a meditação Cristã, pois temos em nossa mente um arquétipo Cristão.

Mas, “Qual a diferença da meditação Cristã e os outros métodos?”

Em termos de prática, a meditação é muito semelhante em todas estas tradições - nos sentamos quietos, em silêncio e aprendemos a nos concentrar, prestar atenção - e os frutos na vida dos praticantes também são semelhantes: amor, alegria, paz, paciência, bondade, autocontrole, sabedoria e compaixão.

Então, “O que torna a meditação Cristã?”

Em primeiro lugar, o que torna a meditação Cristã é a fé com que meditamos, um senso de conexão pessoal com Jesus e nossa fé nas suas palavras: “quando dois ou três oram juntos em meu nome, eu estarei no meio deles.”

Em segundo lugar, a meditação Cristã, também é conhecida como “oração contemplativa” ou “oração do coração”, é uma tradição muito antiga que segue os ensinamentos de Jesus no Evangelho e o conselho dos primeiros monges Cristãos, os Padres e Madres do Deserto, que viveram no deserto do Egito e da Síria, nos séculos III e IV.
 

Como nós meditamos?

Os elementos essenciais da meditação são: Quietude, Silêncio e Simplicidade.

Quietude significa abrir mão do desejo e sentar-se quieto.
Silêncio significa abrir mão dos pensamentos e aprender a escutar, prestar atenção.
Simplicidade significa abrir mão da auto-análise e ser simples, ser você mesmo.

Como meditar: Sente-se quieto e, com a coluna ereta. Feche suavemente os olhos. Sente-se relaxado, mas, atento. Em silêncio, interiormente, comece a repetir uma única palavra. Recomendamos a antiga palavra-oração aramaica "Maranatha", que significa “Vem Senhor Jesus”. Recite-a em quatro silabas de igual duração, assim: MA-RA-NA-THA. Ouça-a à medida que a pronuncia, gentilmente, mas continuamente. Durante a meditação, não pense no significado da palavra, nem imagine nada, nem de ordem espiritual, nem de qualquer outra ordem. Não brigue com os pensamentos, deixe-os passar e, gentilmente, continue a voltar sua atenção, com humildade e simplicidade, à fiel repetição da palavra, do início ao fim da meditação. Medite de vinte a trinta minutos, toda manhã e toda noite.

Se você deseja meditar seriamente, então recomendamos meditar duas vezes por dia. A prática diária pode levar algum tempo para se desenvolver. Seja paciente. Quando você desistir, simplesmente comece de novo. Se você quer fortalecer, aprofundar e motivar sua prática, então mantenha contato com outras pessoas que meditam e medite com elas regularmente. 

Você é muito bem-vindo para meditar conosco!